O que é a osariya: história, estilo e evolução do sári de Kandy

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À primeira vista, a osariya — também conhecida como o sári de Kandy — parece apenas um tecido elegantemente drapeado. Mas, por trás da silhueta contida, há uma história moldada pela cultura, pela tradição e por séculos de influências das muitas comunidades do Sri Lanka. Para as mulheres cingalesas, é mais do que vestimenta: é um elo vivo com a sua herança.

O que é a osariya?

A osariya é um traje feminino que surgiu no histórico Reino de Kandy, na região central da ilha. Ainda hoje aparece em casamentos, cerimônias festivas e outras ocasiões marcantes. Lembra o sári indiano, mas é drapeado segundo um método típico de Kandy. Sua marca registrada é o franzido em ondas na cintura — o chamado babado — combinado a uma blusa curta e justa, tradicionalmente com mangas bufantes. Antes presente no guarda-roupa de famílias nobres, não por acaso, mais tarde tornou-se um símbolo central da cultura cingalesa.

De onde veio?

Pesquisadores acreditam que a osariya tomou forma sob influência do vestuário tâmil. Esses estilos sobrepostos revelam o quanto as culturas da ilha se entrelaçaram ao longo dos séculos, resultando em um visual próprio, hoje firmemente associado à tradição feminina do Sri Lanka.

Quando e por que ela é usada?

A osariya raramente aparece no cotidiano, mas é indispensável nos momentos formais. É usada em cerimônias de Estado e celebrações familiares e, em algumas escolas e repartições públicas, integra o código de vestimenta oficial. Embora o Sri Lanka não tenha um traje nacional codificado, a osariya se mantém como a indumentária feminina mais reconhecível entre os cingaleses.

Como é o visual?

O tecido é envolto de modo que as pregas formem uma ondulação na cintura, enquanto a ponta solta é lançada sobre o ombro. Uma blusa ajustada define a silhueta e arremata o conjunto. Visualmente, a osariya se distingue pelas pregas expressivas e pelo caimento característico.

Como a osariya está mudando hoje

As versões contemporâneas se diversificaram. Além do algodão, são comuns tecidos de seda e materiais sintéticos; os modelos de blusa foram simplificados, e as técnicas de prega ficaram mais flexíveis. Estilistas seguem testando novas combinações, mas preservam a silhueta emblemática para manter a continuidade com a tradição. A evolução tende a ser comedida, não radical — uma atualização discreta que mantém intacto o significado da peça.

Por que isso importa

A osariya é mais do que um item de guarda-roupa. Segundo o portal Turistas, ela funciona como um lembrete do valor da tradição e do patrimônio cultural. Enquanto fizer parte do vestuário cerimonial e oficial, ajuda a sustentar o fio que conecta gerações e dá à cultura do Sri Lanka seu caráter distintivo. Na prática, soa menos como moda e mais como continuidade — uma âncora de identidade pequena, porém constante. E talvez seja nessa permanência discreta que resida sua força.