17:35 02-12-2025
Monte Elbrus: 13 fatos intrigantes sobre o gigante russo
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Explore o Monte Elbrus com 13 fatos essenciais: vulcão adormecido, vistas até o Mar Negro, clima severo, lendas, história de ascensões e riscos para alpinistas
O monte Elbrus continua a ser um dos cumes mais enigmáticos da Rússia. Lendas se agarram a ele, estudiosos divergem, e alpinistas seguem se testando nas suas encostas. Treze fatos oferecem um ângulo renovado sobre esse gigante.
Um vulcão adormecido
O Elbrus é classificado como um vulcão ativo, embora hoje esteja calmo. Pesquisadores acreditam que a última grande erupção ocorreu há cerca de nove séculos, e a possibilidade de um novo despertar segue no horizonte. Especialistas frisam que o perigo maior não é a lava, e sim o gelo: geleiras podem derreter rapidamente e transformar-se em torrentes poderosas que descem para os vales dos rios Baksan e Kuban.
Um panorama que alcança o Mar Negro
Em dias límpidos, do cume é possível avistar o horizonte até o Mar Negro. É um privilégio raro: em altitude, o tempo muda de minuto a minuto, o que torna ainda mais valiosas as imagens de quem encontra essa clareza esquiva.
Um temperamento volúvel
No verão, o clima tende a estabilizar, e por isso a maioria das ascensões é marcada para julho e agosto. No inverno, o cenário muda de figura: ventos ferozes, frio profundo e risco de avalanches deixam a escalada extremamente perigosa.
Ascensões inusitadas
O folclore local aponta o pastor balcar Akhiya Sottaev como o primeiro a conquistar o Elbrus. Diz-se que ele teria chegado ao topo nove vezes, a última aos 121 anos. A história oficial começa em 1829, quando uma expedição liderada pelo general Georgy Emmanuel alcançou o cume oriental. Depois disso, houve quem subisse de motocicleta, de carro, carregando uma barra pesada e até a cavalo karachai.
O rastro de Prometeu
Nos mitos gregos, seria no Elbrus que uma águia atormentava o acorrentado Prometeu. Lendas semelhantes aparecem no folclore dos povos do Cáucaso, ecoando a mesma paisagem áspera.
Sinal móvel em altitude
Em 2018, foi instalada no Elbrus a estação-base de maior altitude da Rússia e da Europa Oriental. Com ela, a internet móvel estável funciona não só ao longo das rotas, mas também nos acampamentos de montanhismo — até o cume.
Em busca de Shambhala
A região do Elbrus está ligada a uma lenda sobre uma entrada para a misteriosa Shambhala. A história foi tão persistente que, durante a Segunda Guerra Mundial, teria chamado a atenção de membros da Ahnenerbe. Provas não apareceram, mas relatos sobre lugares “especiais” continuam a surgir.
O preço de um erro
Todos os anos, cerca de duas dezenas de pessoas morrem ao tentar o Elbrus. Especialistas observam que muitos subestimam tanto a complexidade do trajeto quanto a dureza de um pico de 5.000 metros.
A história do Priyut 11
A 4.100 metros, funcionou um dia o hotel de maior altitude da URSS, o Priyut 11. Ele queimou em 1998, e ideias de reconstrução seguem em debate. O nome remonta a 1909, quando um grupo de estudantes acampou ali e deixou uma inscrição bem-humorada na rocha. Primeiro veio um abrigo simples; mais tarde, um refúgio completo.
Um campo de aviação acima das nuvens
Durante a Segunda Guerra Mundial, um platô a cerca de 2.800 metros serviu como ponto usado por pilotos alemães. O lugar ainda atrai lendas — e uma polêmica que resiste ao tempo.
Uma fronteira convencional entre dois continentes
O Elbrus costuma ser descrito como o divisor entre Europa e Ásia. Três grandes rios — Baksan, Kuban e Malka — nascem ali. A fronteira continental formal segue em disputa acadêmica, mas a ideia ressalta a posição singular da montanha.
O ponto mais alto da Europa?
O status do Elbrus como cume máximo da Europa depende de onde se traça a fronteira. Se ela seguir a Depressão Kumo–Manych, o topo fica na Ásia e o Mont Blanc assume a coroa. Se a linha correr pela Cadeia Principal do Cáucaso, o Elbrus permanece como o ponto mais alto europeu.
Mukha, a raposa — senhora da encosta
O Elbrus tem até mascote: uma raposa chamada Mukha. Há alguns anos, ela se habituou a visitar a estação Gara-Bashi, onde funcionários do teleférico e turistas a alimentavam. Mukha virou celebridade local, e sua imagem foi parar em souvenires — um pequeno emblema afetuoso de uma montanha imponente.