12:07 28-11-2025
Insônia? Como o celular sabota seu sono — e o que fazer
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Descubra por que a insônia não é azar: seu cérebro precisa de 2 horas de transição. Veja como telas reduzem a melatonina e dicas para acalmar a ansiedade.
Muita gente reclama de insônia, mas o vilão costuma não ser nem o estresse do dia nem o tempo lá fora. O que mais estraga a noite é a ausência daquele intervalo de transição de que o cérebro precisa para sair da atividade e chegar à calma.
Especialistas lembram que, assim como um corredor precisa recuperar o fôlego depois da linha de chegada, o cérebro também precisa desacelerar antes de dormir. Sem essa pausa, o corpo simplesmente não consegue trocar de marcha. E, convenhamos, tentar adormecer com a mente no modo turbo raramente funciona.
Quando o sono de qualidade começa
Um bom sono começa muito antes de fechar os olhos. O cérebro precisa de cerca de duas horas para passar do trabalho ativo para um estado de repouso. Se você cai na cama saindo direto de telas, manchetes e recados do trabalho, a mente continua em alerta. Nesse estado, ela não está pronta para adormecer, e você acaba virando de um lado para o outro no escuro.
O sono está intimamente ligado ao estilo de vida, ao pano de fundo emocional e ao estado do corpo. Quando o ritmo diário é caótico, nem uma longa noite na cama garante a sensação de descanso. Parece óbvio, mas a rotina conta — e muito.
O erro noturno mais comum
Os hábitos da noite frequentemente tiram do cérebro a chance de desligar. O principal irritante é a tela do celular. A luz suprime a melatonina, o hormônio do sono, sinalizando ao sistema nervoso que o dia ainda não acabou. Como resultado, o corpo permanece em modo de vigília muito além do horário de dormir. E não é só a luz: a enxurrada de notícias, mensagens e alertas mantém a mente em alerta.
Pelo que as pessoas trocam o próprio sono
O conteúdo que muitos consomem antes de dormir raramente ajuda. Notícias, feeds sociais, investigações, cadeias de comentários, problemas alheios — tudo isso cria um ruído emocional que bloqueia o relaxamento. Dá para ficar horas preso a histórias inquietantes sobre as quais não se tem qualquer influência. O sono é adiado, a pressão sobe e a ansiedade se cristaliza em hábito. No fundo, é uma troca ruim: você entrega atenção e recebe inquietação.
É uma verdade simples e fácil de esquecer: a hora que você entrega ao feed, você tira da noite.
O celular: aliado do estresse
Um celular ao lado da cama é percebido pelo cérebro como uma ameaça potencial — pode trazer uma má notícia ou um alerta estridente. Isso mantém o corpo em estado de espera. Mesmo no silencioso, a vontade de pegar o aparelho permanece. E essa vontade rouba justamente o tempo de assentamento de que o cérebro precisa.
O que realmente impede você de adormecer
O principal inimigo do descanso noturno é a ansiedade. Ela cresce, vira estresse e o estresse bloqueia os mecanismos do adormecer. Não é surpresa que forçar o sono, nessa hora, só piore o travamento.
Antes de recorrer a pílulas ou atalhos milagrosos, vale encarar algumas perguntas simples:
• quanto tempo antes de dormir vai para o celular;
• quão estável é a rotina diária;
• que pensamentos aparecem quando você se deita.
Se o cérebro não teve suas duas horas de transição para o sono, simplesmente não terá tempo de soltar o ar.